"Os sonhos murcham feito maracujá velho."

Mundo Livre S/A - Pastilhas Coloridas

Um dia ou dois... Acordo querendo não acordar.

Era um sonho tão "real", tão vívido.

E continuo vivendo nesse sonho durante uma semana.

Até que eu me conecto com o mundo.

E o mundo me diz: "Camarada, o sonho acabou."

A rosa do campo nunca foi minha... Mas sempre foi objeto do meu desejo.

Depois de alguns dedos furados... Acho que é hora de deixá-la quieta em sua redoma de vidro... Talvez eu tenha que me contentar com os baobás.

E agora?

3 semanas já se passaram desde o início desse meu segundo período na faculdade.

3 semanas se passaram, na faculdade e fora dela.

3 semanas de confusões, sorrisos sem sentido e perguntas infindáveis.

Os dias passam, devagar e frenéticos... São pura contradição.

Eu sou pura contradição.

Ou seria a contradição pura?

Não, tudo menos puro.

Obrigado.

Não é nada fácil...
Não é fácil ser humano. Ser esse animal que se considera tão racional, mas é movido por puro instinto e controlado por emoções.

Foi a primeira vez, nos meus quase 20 e poucos que vivi de forma intensa as FÉRIAS.
Passei um mês de noites em claro, na companhia de amigos, colegas...
Um mês de farras, dinheiro torrado em felicidade.
Não uma felicidade "comprada" e efêmera...
Uma felicidade que, sem dúvida, viverá enquanto eu viver.
Foi uma partilha do "pão" com meus amados amigos e amigas.
Foi reafirmar cada vez mais, que existem pessoas por mim e comigo.
Foi ter mais certeza de que... Deus existe e me abençoa todos os dias.
Devo ter meu mérito, por mais que me ache sujo e indigno.
Só tenho a agradecer.
Obrigado pela minha familia.
Obrigado pela existência e presença dos meus pais, irmã, avós, tias... E até de uma cachorra que ainda vai morrer do coração, pela felicidade de receber uma visita.
Obrigado pelos meus amigos.
Obrigado por podermos partilhar momentos sem igual, de diversão, felicidade, tristeza, seriedade... Por me permitir amá-los... E por eles, ser amado.
Obrigado por ter sempre a tua mão, Deus, no volante do carro, no meu braço ao me conduzir à pé pela rua.
Obrigado por tudo... Principalmente por ser tão amado... E por ser capaz de amar tanto...

Dancei meu "frevo" ao chegar na cidade...
E agora que estou de partida...
Meu coração baila o tango mais triste que ele é capaz de compor.

Agora... É deixar a tristeza tomar seu lugar e deixá-la partir.
Agora... É encarar de frente as responsabilidades da faculdade, viver meus momentos... Na ânsia e urgência de me encontrar de novo. De estar, completo.

Enfim...
Não tem jeito.

Os próximos passos são faceis de prever:

Respirar...
Entrar no avião...
E seguir em frente.

Mais uma vez,
Obrigado.